sábado, fevereiro 23, 2013

Apenas anjo

Anjo, que nascestes sem asas,
Anjo, que alçastes meus vôos
Anjo, que és apenas ternura
És amor personificado de sonhos

quinta-feira, fevereiro 07, 2013

Entre as árvores da floresta

Quando as nuvens encobrem as estrelas
E a luz é engolida pela escuridão
Percebo o teu olhar já tão distante e
Angustio perante o iminente desencanto

É tristeza que evolui anunciada
São lembranças soerguidas na ausência
É a febre que insiste na vontade insana
É a morte dos sonhos e das promessas esquecidas

Se me corrói a alma a dor da perda
Cambaleio pela náusea da repulsa
Sangrando a cada passo no sentimento estilhaçado

E a vida seguirá ainda uma vez seu rumo
E então você fica bem
E eu sofro um pouco mais


Nós

Somos assassinos silenciosos
De crimes sem castigo
Vagando em busca de autoperdão
Assassinamos o tempo
E massacramos os sonhos
Destruímos a beleza dos ideais
Para nos contentarmos com a realidade
Parca e vazia.

domingo, fevereiro 03, 2013

Antes de raiar o dia

Tudo era tão certo
E as promessas tão fáceis
Que sonhos podiam ser realidade
Na fugacidade de uma noite apenas 
Porque não havia tempo a perder

Foram momentos felizes
Que deveriam não ter fim
Ah, se o tempo pudesse parar
Ah, se pudesse o relógio pudesse voltar
Dessa vez

Era uma noite apenas
E não houve aviso sequer
Que o sol queimaria toda a cor da vida
Com o fulgor da aurora resplandecente
Que anunciaria o fim

E antes de raiar o dia
Restaria só a saudade 
Das palavras não cumpridas
E a indiferença de um mundo que destruímos
Por orgulho e perfeição