quinta-feira, setembro 30, 2010

Sorri para mim!

Não sei dizer
Como isso começou
Só sei  que aconteceu
De forma estranha
Não consegui controlar
Não tentei controlar
E foi assim
Que vi você surgir
Dentro de mim
Até o fim
Até que enfim
Minha flor, meu par
Sorri pra mim!
Vem me iluminar
Com teu riso sincero
Banhado de felicidade
Que se reflete em teus olhos
Trazendo esperança
De dias que serão melhores
Para todo o sempre
E até o sempre será curto
Para conter tudo
Sorri para mim!

Em cima da hora

Por um instante voltei a acreditar
Que o amor poderia realmente existir
Mas tudo foi tão rápido e passageiro
Que ruiu o que nem se chegou a construir

Cambaleei tonto por alguns segundos
Mas logo tudo estará cicatrizado
Regressarei então a meu caminho
Um dia tudo será consumado

Não haverá dor por tanto estrago
Só saudade de um futuro que já é passado
Imperfeito, que morreu quando foi criado

Agora não haverá espaço para lágrimas
Nem precisa ter sequer cuidado
Isso passa,  logo novamente serei eu

terça-feira, setembro 28, 2010

Renascer

Eu devia ser impassível
E não deixar-me afetar
Pelo que me dizes
Mas sou fraco, confesso,
Pois afeta-mes mais do que penso
Mais do que pensas

Se percebo uma dor futura tua
Ela se faz minha dor presente
E sacrifico todas as minhas forças
Apenas para não te ver sofrer
Para diminuir a aspereza de teu caminho
Apenas por ti

Se, de repente, subo na 
Pedra que está no mar
É para admirar o horizonte que
daí se mostra diferente,
Que aparece mais altivo
Na noite em que a lua se levanta

Na certeza de que a escuridão se fará mais clara
Na esperança de que a vida se fará mais amena.

domingo, setembro 05, 2010

Cinzamente

Não me ensinaram a esconder minhas lágrimas
Nem me contaram como resistir ao sofrer
Provocado pela ausência da presença
Da dor que anda lado a lado com o viver
Quem me dera pudesse o tempo parar
Nos momentos em que o dia é mais curto
Que a areia escorre mais rápida
Dentro da ampulheta do cruel destino
De quem ainda não sabe a que veio
Numa noite escuramente cinza
Cinzamente escura a noite
Que nasce no coração de quem entristece
Pela lembrança de tudo que passou
Ainda que nada tivesse acontecido
Me descubro ainda criança
Em um corpo já amadurecido