domingo, setembro 05, 2010

Cinzamente

Não me ensinaram a esconder minhas lágrimas
Nem me contaram como resistir ao sofrer
Provocado pela ausência da presença
Da dor que anda lado a lado com o viver
Quem me dera pudesse o tempo parar
Nos momentos em que o dia é mais curto
Que a areia escorre mais rápida
Dentro da ampulheta do cruel destino
De quem ainda não sabe a que veio
Numa noite escuramente cinza
Cinzamente escura a noite
Que nasce no coração de quem entristece
Pela lembrança de tudo que passou
Ainda que nada tivesse acontecido
Me descubro ainda criança
Em um corpo já amadurecido

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