segunda-feira, novembro 08, 2010

D. Maria

"A burguesia fede (...)
A burguesia não repara na dor da vendedora de chiclete"
Burguesia, Cazuza

Ninguém se importa com a dor
Da caminhada diária de D. Maria
Ninguém oferece uma flor
Enquanto ela oferece um sorriso
Disfarçado de chiclete
E D. Maria está toda noite
De bengala na mão e pano na cabeça
A andar de bar em bar
Visitando cada mesa
Oferecendo seus doces
Para tentar amenizar a vida
E D. Maria tem sede
E eu também tenho sede, D.Maria
Sede de um mundo melhor
Em que a justiça não seja apenas um sonho.

2 comentários:

Renata Ithamar disse...

Como sempre, meu lindo poeta.

Paulo Marcelo Pontes disse...

a vida é uma poesia.
Muitas vezes, uma poesia triste, mas sempre carregada de emoções e significados.