quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Agora que virei Orfeu

Che farò senza Euridice?
Dove andrò senza il mio ben?
Euridice! Euridice! Oh Dio! Rispondi!
Io son pure il tuo, fedele!
Euridice! Euridice! Ah! Non m'avanza
più soccorso, più speranza
nè dal mondo, nè dal ciel!
Dove andrò senza il mio ben?
(Che farò senza Euidice?, Christopher Gluck)


Felicidade que me foi arrancada
Dos braços em um cruel destino
Perdeu alegria a minha música
Perdeu sentido a minha vida

É doloroso aceitar a partida
É necessário descer ao submundo
E escutar o fantasma de Eurídice
Uma vez mais pronunciar - Adeus!

Abre-me as entranhas o fogo dessa dor
Aquebranta-me a alma minha tristeza
E nada abranda a verdade de sua falta

E agora que então eu virei Orfeu,
Condenado ao furor da solidão como castigo
Espero em silêncio as mênades me despedaçarem

2 comentários:

jeciane :* disse...

adorei professor, lindo e triste. parabêns :)

Paulo Marcelo Pontes disse...

Obrigado, Jeciane.

O mito de Orfeu tem um signifcado especial para mim: eu imagino sempre a dor vívida que orpimiu o peito de Orfeu, dá para sentir o peso de cada lágrima derramada pela perda de Eurídice. Che farò senza Eurídice? (Que farei sem Eurídice?)

Enfrentar o submundo por um amor... e após tanto esforço, perdê-lo para sempre. É dor tamanha para um peito só.