domingo, julho 18, 2010

Madrugada azul

- Onde estás, senhora minha,
que não te condói meu mal?
Ou não o sabes, senhora,
ou és falsa e desleal.
O engenhoso fidalgo D. Quixote da Mancha, Miguel de Cervantes

Balbucio teu nome na madrugada febril
Que se arrasta lentamente, na mais fria escuridão,
Em que me acho de peito aberto e desprotegido
Esperando apenas por tua palavra ou sinal

A lágrima que cai é o sangue da alma
Que, agitada, se torna estremecida
Que arde intensamente em letal fogo
Causado pela ausência de tua presença

A noite inteira me cai pesarosamente
Como se fosse castigo dilacerador
Que me é infligido pelo teu silêncio

Na loucura em que meu ser estabelece
Envio-te preces e juras, convites e ameaças,
Celebro-te, amor, em promessas e maldições

(Fonte da imagem: http://digoeu.blogs.sapo.pt/arquivo/noite1-thumb.jpg)

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